
"Eu estive em um relacionamento abusivo por 7 anos. Ele quebrava as coisas, me traía e depois agia como se nada tivesse acontecido..."
DESABAFO
"Eu estive em um relacionamento abusivo por 7 anos. Ele quebrava as coisas, me traía e depois agia como se nada tivesse acontecido..."


Eu estive em um relacionamento abusivo por 7 anos. Ele quebrava as coisas, me traía e depois agia como se nada tivesse acontecido. Consegui me livrar disso e estou em outro relacionamento há 3 anos. A gente se dá muito bem, ele faz tudo que pode — e até o que não pode — por mim. Mas, toda vez que estou em uma situação muito complicada na minha vida pessoal, acabo descontando toda a minha frustração nele. Não me sinto bem, não gosto dessa minha atitude, mas, quando vejo, já fiz de novo. Como evitar isso?
Primeiro, que força a sua por ter saído de um relacionamento abusivo depois de 7 anos. Isso já diz muito sobre quem você é.
O que você viveu anteriormente deixou marcas. Quando passamos muito tempo em estado de alerta, a mente aprende a atacar como mecanismo de defesa.
Você passou anos sendo desrespeitada. Hoje, com alguém que te acolhe, talvez o cérebro ainda esteja tentando se proteger de um perigo que já passou — e acaba descontando no único lugar que é seguro. Mas segurança não é desculpa para repetir violência. Ser consciente é o primeiro passo para interromper o ciclo.
Na prática, você precisa criar tempo entre o impulso e a ação. Quando algo te irritar, quando a vontade de descontar bater, respire e saia de perto. Diga que precisa de um minuto. Escreva num bloco de notas antes de falar. Depois, converse com ele — e com você.
Quem quer se curar de verdade não se define pelos erros que comete, mas pelas escolhas que faz posteriormente.
Você saiu de um relacionamento destrutivo. Agora, é hora de garantir que você também não destrua algo que tem tudo para ser bom — tornando-se o tipo de pessoa que merecia ter sido tratada com amor desde o começo.
Não tenho amigos — e isso às vezes me assusta. Já fui rodeada de pessoas e, sem perceber, me distanciei de todas elas. Algumas por mudar de cidade, outras por diferenças de pensamentos, gostos e estilo de vida. O ponto é que, hoje, sinto falta de um ombro amigo, de alguém para bater papo ou simplesmente de uma companhia que não seja unicamente a minha família. Às vezes, me questiono: Será que sou uma pessoa tão ruim a ponto de não conseguir ter e manter amizades? Estou fadada à solidão?
Esse sentimento não é só seu — é de muita gente. Vivemos achando que estamos falhando porque estamos sozinhos, mas tem algo maior rolando aqui.
A verdade é que a sociedade está caminhando, cada vez mais, para um jeito de viver em que a solidão virou o novo normal. Você olha para o lado e está todo mundo com mil seguidores — mas sem ninguém para ligar num dia ruim.
Sim, a tecnologia aproximou — mas também esfriou. Ficamos impacientes, superficiais, cansados de gente. Só que, ao mesmo tempo, com fome de conexão real.
Isso não tem a ver com você ser ruim, difícil ou chata, mas com o fato de que o mundo inteiro está mudando o jeito de se relacionar — e estamos todos meio perdidos no processo.
Se esse tema te pegou, escute o episódio “Cansados de Gente” do nosso podcast. É sobre essa exaustão social, sobre como a gente vai se afastando e nem percebe.É sobre o que dá para fazer para voltar a se conectar de verdade — com os outros e com nós mesmos.
— @Gabi
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Redação

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