
"Nunca foi um sonho ser mãe, mas, como a idade vai chegando, vem a dúvida e a autocobrança para decidir sobre isso..."
DESABAFO
"Nunca foi um sonho ser mãe, mas, como a idade vai chegando, vem a dúvida e a autocobrança para decidir sobre isso..."


Tenho 35 anos e sou casada. Nunca foi um sonho ser mãe, mas, como a idade vai chegando, vem a dúvida e a autocobrança para decidir sobre isso (além das amigas gestantes e com crianças). Será que vou me arrepender de não ter um filho mais tarde? Sempre trabalhei muito e sonhei em conseguir uma estabilidade (ainda busco). Meu marido não me cobra isso, mas eu fico muito aflita sobre essa decisão.
Escolhi esse desabafo porque ele aborda uma dúvida silenciosa que muitas mulheres enfrentam — às vezes, até sem coragem de verbalizá-la. A escolha pela maternidade (ou não) ainda é cercada de culpa, pressões externas e uma avalanche de "e se?"s.
A realidade é que a maternidade não deveria ser um antídoto para o medo de se arrepender. Filho não é plano de segurança emocional. Filho é presença, responsabilidade, entrega e um chamado que precisa vir de dentro.
- Quando esse chamado não chega, está tudo bem também. Seu valor, seu propósito e sua completude não estão condicionados a isso.
Você ainda busca estabilidade — e talvez essa seja uma pista. Talvez você esteja em um momento de construir chão. Mesmo assim, se um dia o desejo de ser mãe surgir com força, o tempo (com ajuda da ciência ou da vida) pode abrir caminhos que hoje parecem fechados.
O mais importante é lembrar que quem vive decidindo com base no medo nunca escolhe com base em si.
Tenho uma amizade de mais de 20 anos, mas tenho me incomodado e pensado muito sobre como ainda somos amigas apenas pelo tempo de amizade. Não temos muitos valores e objetivos em comum, e cada vez mais a percebo como uma pessoa manipuladora, que conta histórias de maneira a favorecê-la, que quer as coisas sempre do jeito dela, que quer sempre ser o centro das atenções — e isso tudo tem me incomodado. Como lidar?
Essa pergunta aborda um ponto muito delicado: a lealdade ao histórico vs. a lealdade a si mesma. Às vezes, manter uma amizade antiga passa a parecer mais um débito emocional do que uma troca genuína — inclusive, falo sobre isso neste episódio.
A realidade é que crescer também significa perceber que nem todo mundo vai crescer junto — e tudo bem. Você não precisa transformar isso nem em briga, nem em uma culpa que carregue sozinha. Mas é preciso, sim, escutar-se.
O tempo não justifica tudo. Amizade não deveria ser mantida só porque “ela esteve lá desde sempre”, mas sim porque ainda existe espaço para verdade, apoio mútuo e alegria compartilhada. Se hoje essa pessoa te manipula, distorce os fatos e te faz se sentir pequena, o que exatamente você está preservando?
No fim, você não precisa manter uma amizade só por ela ser antiga. Você merece manter apenas as que continuam verdadeiras.
— @Gabi
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Redação

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