Na era digital, somos bombardeados diariamente por uma enxurrada de estímulos que nos dizem que sempre precisamos de mais — mais roupas, mais experiências, mais status, mais validação. O culto ao consumo excessivo na internet não se limita a bens materiais. Ele invade nossos relacionamentos, nosso estilo de vida, nossa aparência, criando uma sensação constante de insuficiência. Vivemos em uma busca incessante por alcançar algo que parece sempre estar fora do nosso alcance, alimentando a ilusão de que a felicidade reside em ter mais ou ser mais. E, assim, o vazio que tentamos preencher com tantas coisas e conquistas acaba se tornando cada vez maior.

Sêneca nos lembra que a verdadeira felicidade não vem de acumular ou desejar sem fim, mas de encontrar paz no que já temos e somos. O que a sociedade nos oferece é a ansiedade de querer sempre mais, enquanto o filósofo nos aponta o caminho da quietude interior. Não é errado ter ambições, mas quando deixamos o desejo incessante guiar nossas vidas, perdemos de vista o que realmente importa. A felicidade verdadeira vem da liberdade de não ser controlado pelos impulsos de desejar constantemente, mas de valorizar o momento presente, sem se perder nas armadilhas do "mais".

— Gabi