Vivemos em tempos de muitas respostas. Duvido que você abra seu Instagram agora e não encontre pelo menos um vídeo com um bordão do tipo:

• “5 passos para acabar com sua procrastinação”;
• “Os motivos pelos quais você não emagrece”;
• “As melhores opções de roupas, acessórios, viagens, vida… para você que está perdido.”

É uma barulheira sem fim de pessoas que PARECEM mais inteligentes que você.

E talvez um dos grandes motivos para isso seja: uma procura maior por respostas rápidas e genéricas — que nem sempre serão boas ou de alguma utilidade profunda — do que uma preocupação genuína com perguntas melhores.

As melhores respostas que tivemos até aqui — aquelas que renderam avanços profundos e conhecimentos significativos para a humanidade — só surgiram graças à inclinação de alguns em questionar, se interessar, se atentar e não se conformar com as respostas obtidas. Afinal, sempre dá para descobrir um pouco mais.

Julgue um homem pela sua inquietação e pela humildade em reconhecer que ainda existem perguntas a serem feitas. Perguntas mais afinadas, que levarão a respostas melhores — mas sempre sujeitas à transformação.

Como disse Erasmus, em 1509: “quanto menos talento eles têm, mais orgulho, vaidade e arrogância eles têm também. Todos esses tolos, entretanto, encontram outros tolos que os aplaudem.”

Você pode ser curioso, ler muito e se aventurar em novas experiências. Aquilo que chamamos de inteligência não é nada mais que o fruto da curiosidade, que leva sempre a novos questionamentos.

— @Sarinha