Para Freud, ao tentarmos ser bons demais, perdemos a oportunidade de sermos reais.

Na minha interpretação, isso implica na possibilidade de não ser sincero:

1. Com o outro: queremos nos provar bons, dignos, superiores. Por isso, às vezes escondemos a verdade sobre nós, podendo perder a oportunidade de conexão verdadeira ou simplesmente escondendo uma verdade que evitaria conflitos se fosse colocada no mundo.
2. Com nós mesmos: quantas coisas você se convence de querer, acreditar e gostar para se encaixar dentro daquilo que é o “ideal”, mas não necessariamente suas verdadeiras opiniões e desejos?

Voltando a Freud, basicamente, o que a frase quer dizer é que se desprender da ideia de ser bom (que, por diversos motivos, para ele pode acorrentar o sujeito), é o que pode te fazer, de fato, melhor e fiel àquilo que é real dentro de você.

💡 A ideia é se desprender daquilo que você julga precisar ser, para se agarrar àquilo que você realmente é, e, assim, assumir a responsabilidade do caminho de satisfação dos seus desejos — que é um dos grandes pilares da teoria Freudiana.

Nesse raciocínio, se desprender da necessidade de ser bom é o que traria a verdadeira evolução.

— Sarinha