
A morte carrega um peso silencioso
POV
A morte carrega um peso silencioso


POV
Talvez você nem queira ler este texto pelo tema. Este assunto afasta, né? Dá um nó no estômago, uma vontade de pular para outra aba, mudar de assunto e se distrair.
A morte carrega um peso silencioso — e, justamente por isso, a evitamos. Fingimos que não pensamos, que não sentimos, que é cedo demais. Mas, quanto mais empurramos esse tema para longe, mais ele nos domina, nos pequenos medos e nas grandes ansiedades.
Por muito tempo, a morte foi o meu maior medo — e não estou falando de um medo leve, que fica ali em segundo plano.
Era um medo que me consumia. Que me fazia entrar em espiral. Apertava o peito com uma força que nenhuma racionalização conseguia aliviar. Era como se, de repente, tudo deixasse de fazer sentido. “Mas e depois?” — essa pergunta me perseguiu por meses.
Na época, comecei a procurar por tudo que pudesse me dar algum alívio: relatos de EQM (experiências de quase morte), vídeos e entrevistas. Qualquer coisa que me ajudasse a imaginar que existe algo além. Que a consciência permanece viva.
- Lembro que uma das coisas que mais me marcou foi o livro Uma Prova do Céu, do Dr. Eben Alexander — um neurocirurgião cético que passou por uma EQM intensa e voltou com relatos detalhados de uma experiência espiritual.
Acho que essa é a primeira chave: precisamos parar de ver a morte como algo “distante” ou “intocável”. Ela é parte da equação. Ela esfrega na nossa cara a verdade que o ego mais odeia: não somos donos de nada. Isso pode ser desesperador… ou libertador.
Outra coisa que mudou minha relação com esse medo foi perceber que fé não tem que ter nome nem dogma. A fé é uma força que nos ancora. Fé é você conseguir viver mesmo sem todas as respostas, aceitar que talvez não consiga entender tudo — e ainda assim continuar.
- Não importa exatamente no que você acredita, mas é essencial não viver achando que tudo começa e termina só na matéria.
Com o tempo, fui entendendo que a morte não é uma ameaça, mas sim um lembrete de que o tempo é finito. De que os dias contam. De que o “depois” pode não chegar. De que não temos o controle, mas temos a escolha.
Essa escolha é diária: viver com presença ou viver anestesiado. Fugir ou encarar. Reclamar ou agradecer.
Então, hoje percebo que o agora é importante. Amar mais, perdoar mais e se importar menos com bobagens é urgente. Pois a morte, ironicamente, é quem mais nos chama para a vida.
— @Gabi

Redação

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