
Agradar a qualquer custo custa caro.
POV
Agradar a qualquer custo custa caro.


É curioso como fazer 30 anos foi, para mim, quase como atravessar um portal invisível.
Aos 20, queremos ser escolhidos, aceitos, validados. Vivemos em função do olhar do outro, tentando parecer interessantes, inteligentes e agradar a qualquer custo — ora os nossos pais, ora as pessoas do trabalho e, as vezes, a todos.
- Mas aos 30… nasce uma urgência diferente: a de ser só a gente mesmo.
E aí vem o estalo: agradar a qualquer custo custa caro. Custa autenticidade. Custa energia. Custa identidade.
Mas é importante reconhecer: esse desejo de agradar não surgiu do nada. A necessidade de pertencimento é biológica — está no nosso código desde os tempos das cavernas.
Pertencer significava sobreviver. Ser aceito pelo grupo era proteção, comida, continuidade. Ser rejeitado? Sentença de morte.
Mesmo hoje, sem precisar mais caçar em bando, o medo da rejeição continua operando — quieto, mas forte. E aí, para não ser excluído, a gente começa a se encolher.
Passamos tanto tempo tentando caber, que esquecemos de nos perguntar: “eu quero mesmo estar aqui?” Quantas vezes você já recalculou sua opinião, tom de voz, roupa ou comportamento — não por querer, mas para se adaptar? Isso esgota. Isso silencia. E, aos poucos, te afasta de você.
Se você quer começar a virar essa chave, aqui vão alguns caminhos possíveis:
- Tenha consciência. Perceba quando essa tendência de agradar aparece. Observar, sem se julgar, já é um ato de cura.
- Honre — mas não anule. Honrar os pais, por exemplo, não é obedecer cegamente. Você honra suas raízes quando escolhe viver a sua verdade — e não o que esperam de você.
- Cure sua criança interior. Se você sente que não consegue ser você sem medo, pode ter uma ferida pedindo atenção lá atrás.
- Fortaleça seu amor-próprio. Fale bem de você para você. E, talvez mais importante: permita-se desagradar. Expressar sua verdade — mesmo que incomode — não é rebeldia. É liberdade.
Ser você não é um ato de coragem só nos grandes momentos. É nas pequenas escolhas também: É se posicionar numa conversa. É dizer “não” sem se explicar demais. É publicar um texto em que você acredita, mesmo sabendo que pode incomodar (faço isso toda semana aqui, hehe 🙋🏻♀️).
Cada escolha assim fortalece a sua confiança. E, com o tempo, o gosto de ser livre fica maior do que o medo de desagradar.
— @Gabi

Redação

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