A criança começa a associar causa e efeito quando joga uma colher no chão e percebe que faz barulho. Ou quando faz uma careta que faz seus pais rirem, por exemplo. Quando entende o padrão, ela faz aquilo de novo, de novo e de novo.

É uma busca incessante por previsibilidade. Aquela repetição não é apenas brincadeira – é uma tentativa de encontrar alguma ordem no caos.

Mas a verdade é que a vida é cheia de reviravoltas, e tentar adivinhar o próximo acontecimento quase nunca é possível.

Temos a ilusão de que podemos controlar o futuro, nos planejando a ponto de não sabermos lidar com a falta de previsibilidade. Não me leve a mal, ter um mínimo planejamento é importante, mas perdemos a mão.

• Queremos respostas pra tudo, o “não saber” virou motivo para frustração e crises de ansiedade. Esquecemos que o “não saber” é a mesma coisa que viver!

A verdade é que a vida é, e sempre será, uma grande incógnita. Por mais que tentemos traçar nossos caminhos, a imprevisibilidade está sempre presente, e é simplesmente impossível controlar tudo.

Você já deve ter se imaginado daqui a cinco ou dez anos, certo? Mas isso é uma ilusão, uma armadilha que nos prende à ideia de que precisamos ter tudo resolvido. Coisas que você não consegue nem imaginar vão acontecer no meio do caminho.

Na verdade, ter essa imagem do futuro tão cristalizada assim nos impede de aproveitar o presente e de estar abertos às possibilidades que surgem. Eu por exemplo, nunca imaginei que estaria escrevendo essa newsletter.

A busca por certezas pode te aprisionar em uma vida cheia de frustrações. A ironia é que essa tentativa de controle te priva das experiências inesperadas que podem te fazer crescer e te levar a caminhos ainda melhores.

E se, em vez de temer o desconhecido, você começasse a ver as incertezas como oportunidades? E se, aceitando que você não sabe o que virá a seguir, simplesmente foque em fazer o seu melhor hoje?

A verdade é que, ao abrir mão da necessidade de controlar o futuro, você se abre para um presente mais vivo e verdadeiro. Quem sabe onde isso pode te levar?

— Gabi