Quantas vezes você já sentiu que foi mal interpretado? Como se o que você disse, mesmo com a melhor das intenções, tivesse se transformado em algo completamente diferente ao chegar aos ouvidos de outra pessoa?

A comunicação, que deveria ser uma ponte, muitas vezes, vira um muro. E tudo isso por causa dos famosos ruídos — pequenos desvios no caminho entre o que falamos e o que é entendido.

Aliás, o problema está nas palavras ou nas expectativas de quem está ouvindo? Cada palavra que escolhemos carrega um peso diferente para cada pessoa. Falar “você tá diferente hoje” pode soar como uma observação neutra para alguns, mas, para outros, é praticamente uma acusação.

• Esse é o poder — e o perigo — da semântica. Cada palavra é um pequeno universo, cheia de significados que variam de acordo com a bagagem emocional e cultural de quem a escuta.

Isso cria um problema: a ilusão de que o outro nos entende plenamente e de que nós entendemos o outro. A verdade é que, muitas vezes, falamos sem considerar o impacto do que dizemos, e escutamos sem buscar o real significado do que nos foi dito.

Perdemos a chance de conexão porque estamos mais focados em responder do que em entender. E o resultado? Frustrações, desentendimentos, relações enfraquecidas.

E onde isso nos deixa? Com uma enorme responsabilidade. O peso das nossas palavras é real e muitas vezes subestimado. É por isso que a clareza é um superpoder.

Antes de falar, pergunte-se: o que eu quero realmente comunicar? Estou escolhendo as palavras certas para o que sinto ou penso? E, mais importante, estou levando em conta o impacto delas no outro?

💡 A solução não é falar menos, mas falar melhor. Escolher palavras com intenção, confirmar se o outro entendeu o que você quis dizer… Afinal, o verdadeiro objetivo de uma conversa não é só ser ouvido, mas ser compreendido.

— Gabi