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Você já parou para pensar por que tanta gente é desconfiada?

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Você já parou para pensar por que tanta gente é desconfiada?

Redação
Redação
14 agosto 2025Última atualização: 14 agosto 2025

Você já parou para pensar por que tanta gente é desconfiada?

  • Por que a gente se protege tanto?
  • Por que nos pegamos esperando o pior das pessoas, mesmo quando elas não deram motivos?

Confesso que sou uma otimista nesse aspecto. Espero o melhor das pessoas, confio nelas e acho que elas são BOAS. Mas será mesmo? Foi aí que me veio o questionamento: somos bons ou maus por natureza?

Para Thomas Hobbes, filósofo do século XVII, somos maus por natureza: egoístas, competitivos e agressivos. Segundo ele, para vivermos em sociedade, precisamos de regras, punições e vigilância.

Hobbes dizia que, sem leis, a vida seria “solitária, pobre, bruta e curta”.

Na minha época de escola, lembro que uma das leituras obrigatórias na aula de literatura foi o livro Senhor das Moscas, do autor britânico William Golding.

A obra conta a história de um grupo de meninos que, isolados em uma ilha deserta, começam organizados, mas rapidamente se transformam em pequenos tiranos violentos.

A mensagem de Golding é clara: sem a civilização, a barbárie vence. A selvageria não está do lado de fora, mas dentro de nós, apenas à espera de um empurrão.

Mas... e se não for bem assim? Tentei achar algum embasamento para o meu feeling de que somos bons, já que o livro que li na escola defendia que somos maus — e a teoria de Hobbes reforçava essa mesma visão.

Ele afirma que muitos experimentos e histórias que sustentavam a ideia de que o ser humano é essencialmente mau — como o próprio Senhor das Moscas — foram baseados em contextos manipulados ou ignoraram nuances importantes.

Rutger, inclusive, traz o caso real de um grupo de adolescentes que naufragaram em uma ilha nos anos 60 e, ao contrário do livro de Golding, viveram em harmonia por mais de um ano, cuidando uns dos outros até serem resgatados.

Isso também me lembrou A Sociedade da Neve (um dos meus filmes favoritos), da Netflix, que conta a história do grupo de jovens que sobreviveu a um acidente de avião nos Andes em 1972.

Isolados, sem comida e sob temperaturas absurdas, a tendência seria imaginar o pior: egoísmo, desespero, crueldade. Mas o que aconteceu foi o oposto.

Eles criaram uma comunidade de apoio, dividiram o pouco que tinham, tomaram decisões duríssimas juntos — e sobreviveram.

Não foi a barbárie que venceu. Foi o amor.

Acho que a resposta ao meu questionamento talvez não exista de forma concreta. Cabe a nós escolher a maneira de enxergar — e isso muda tudo.

  • Quando acreditamos que o ser humano é essencialmente ruim, vivemos em alerta, criamos distância e nos blindamos.
  • Quando escolhemos ver a bondade como ponto de partida, nos abrimos para conexões reais, cultivamos confiança e enxergamos o outro com mais compaixão.

A forma como vemos o mundo molda a forma como agimos nele. E, quem sabe, é justamente acreditando no bem que conseguimos fazê-lo florescer.

@Gabi

Redação

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